O matemático húngaro Paul Erdös (1913-1996) dedicou sua vida ao estudo, produção e divulgação da matemática. Ele foi chamado de Euler do século XX, por haver escrito mais de 1.500 artigos sobre uma grande variedade de temas: teoria dos números e combinatória, análise clássica, teoria dos grafos, teoria dos conjuntos e teoria da probabilidade. Muitos desses artigos foram em colaboração com mais de quinhentos pesquisadores, que foram estimulados a trabalharem com ele de forma colaborativa. Seus artigos muitas vezes tratam de problemas concretos fáceis de entender, mas com soluções geralmente extremamente difíceis.
Aos quatro anos de idade, já surpreendia as pessoas com sua habilidade com os cálculos. Conta-se que ao informarem a data de nascimento de alguém, ele respondia em segundos quanto tempo essa pessoa viveu.
Aos 18 anos, ele apresentou uma nova e elegante prova de um teorema envolvendo os números primos que Joseph Bertrand conjecturou em 1845 e Pafnuty Chebyshev em 1850 tinha dado uma prova complicada: entre cada número natural n e seu dobro há pelo menos um número primo.
Ele recebeu inúmeras premiações, incluindo doutorados honorários. Ele usou todo dinheiro que recebeu para pagar os prêmios que ele mesmo definia para os problemas particulares que ele mesmo produzia. Também deu dinheiro para a viúva do matemático indiano Ramanujan (1887-1920).
Paul Erdös nunca teve um lugar fixo de residência. Mudava constantemente de universidade em universidade, levando apenas uma mala contendo tudo que ele possuía e cumprimentava cada novo anfitrião com a frase “My brain is open” (Minha mente está aberta).
