G. H. Hardy ou Godfrey Harold Hardy (1877-1947), foi um genial matemático inglês. Sempre identificado por Hardy, exceto por uns dois amigos mais próximos que o chamavam de Harold. A sua vida está bem descrita no livro A matematician’s apology, escrito por um de seus amigos C. P. Snow.
Ele foi considerado “um verdadeiro matemático… o mais puro dos puros”, e possuidor de uma timidez que o levava a afirmar, sem falsa modéstia que ele não seria gênio, no máximo teria sido, por um breve período, o quinto matemático puro do mundo. Os trabalhos dele foram em grande parte em colaboração com outros matemáticos. Os dois principais colaboradores que lhe davam enorme satisfação foram Littlewood (que ele classificava como superior a ele) e o protegido dele, o indiano Ramanujam, que ele mesmo descreveu como “o único incidente romântico de sua vida”.
Hardy identifica o início de seu interesse por matemática com a orientação recebida do professor Augustus Love (1863-1940) para estudar o livro Cours d’analyse de Jordan. Ele desenvolveu pesquisas em várias áreas da matemática pura: análise Diofantina, séries de Fourier, função zeta de Riemann e distribuição dos números primos.
Sua personalidade continha algumas curiosidades. Uma referente à religião: ele não acreditava em Deus e se negava a entrar em qualquer capela, “mesmo para compromissos formais, como a eleição de um mestre”. A outra curiosidade era ser um antinarcisista a ponto de não gostar de fotografia e de espelhos. Nos quartos onde por ventura estivesse, cobria todos os espelhos com toalhas. Mas ele teve uma grande paixão esportiva por toda a vida que foi o jogo de críquete.
